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janeiro 29, 2006

Por trás do homem, as dúvidas.


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Não sei o nome do homem que por trás das sombras se esconde. Não conheço, dele, a face nem sinto a pele ou os dedos a roçarem meus lábios quando tento soçobrar seus motivos. Não busco a idéia que pode fazer fenecer, não sei se devo, não procuro encontrar o sentido dos dias sobejados. Vem ele ao meu lado, por trás, adiante: por todos os cantos. Esse é o homem. O silêncio silva em meus ouvidos ou outros, além das nuvens o mistério que desaparece em seus olhos, de onde busco o caldo azul-solidão, onde me deixo até a putrefação das tristezas. Quem é esse homem sem nome e sem endereço? Quem sou eu se não ele? Quem é ele se não eu?