Mulher não se afina. O sol já ia distante, deitando nos telhados imundos dos prédios da cidade baixa e derramando por todo lugar mais um entardecer. O alaranjar de mansinho ia tomando conta, aqui-acolá, da praça, também. O clarão azul-tormento do dia cedia lugar ao madrigal manto de estrelas que já ensaiava desabar sobre a cidade, que àquela hora já se retorcia nos encontros e desencontros de esquinas. Era o mote para os primeiros seres noturnos começarem a abanar suas esperanças, ora aqui outra ali, no mesmo vai e vem provincial de toda noite.
outubro 21, 2005
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