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abril 22, 2006

Horror

O beijo é desespero
Louca mortandade

Numa ponte não finita
Eu e o horizonte do seu corpo
Desconstituído

Quero outro desejo outro perigo
E me elevo até seu visgo

A porta fecha, saída não há
Vontade deitada nua na poeira da relva
Resvalar

Claustrofobia anômala da razão
Já não te encontro nem aqui
Escuridão

Crio estrada longitudinal
E num sentido só só ouço o zumbido

Meu grito...

meu grito.

3 comentários:

Lua em Libra disse...

A vontade deita nua na relva e grita o desconsolo das ruas. As mãos nunca são únicas, quando o beijo não é vão.

Abraços, lindo o poema.

Claudio Eugenio Luz disse...

Deita as palavras numa estrada dura, porém, necessária.

hábraços

claudio

Anônimo disse...

Gostei mais do quadro do título, porém a figura ainda não tem ligação com o subtítulo. :p

Ass.: Érica