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junho 30, 2006

Não entendes?

Não falas de liberdade
Sabes que sempre haverá um cemitério em tua memória
E às vezes é preciso visitá-lo
Acender velas e sentir o aroma das flores mortas
E às vezes abrir a porta
Abrir outro canal
E partir

Impossível estar liberto da existência.

8 comentários:

EDUARDO OLIVEIRA FREIRE disse...

Precisamos fazer isto, porém, temos medo de reviver antigas lembranças dolorosas...
Convite:
Sábado, 1 de julho de 2006
http://dudu.oliva.blog.uol.com.br/

Marina disse...

Belo poema, Ivã! Que ventos de liberdade nos acariciem ao abrir a porta de vez em quando... É preciso saber sentir, além de existir...

Beijos!

Claudio Eugenio Luz disse...

Demorou, mas veio; e veio escancarando as palavras para não deixar lembrança sobre lembrança. Às vezes é necessário rachar o coração para encontrar outros mares.

hábraços

Anônimo disse...

No nosso corpo, residem a vida e a morte caminhando de dedos entrelaçados. Ilusões se amontoam antigas e sem vida... Às vezes renascem, brotam do húmus formado pela própria decomposição dos sonhos... As ilusões retornam, para morrer mais tarde, de novo.
Morrem sonhos, morrem as imagens de quem amamos, e nesta vida nossa que pulsa vivem e morrem, até que um dia tudo pare, tudo cesse, e passemos a viver-mortos na lembrança do outro.

Beijos

Jana

Anônimo disse...

Impossível existir, meu caro Ivã, que não seja libertando-se dos detritos da memória, sempre. Dolorido, mas instingante. 1 abraço.

Leandro Jardim disse...

Liberdade é como tentar morder o cotovelo.
Memória é como reinventar velhas histórias.


Bonitas palvras, meu caro!

Lua em Libra disse...

Liberdade? onde? Como? Quando? Livre-arbítrio? Já nascemos presos até a uma língua-mãe! A uns laços de sangue. A necessidades comer-dormir-excretar-...

Liberdade: bela ilusão. Necessária ilusão.

Beijo, poeta.

RodD disse...

... sufocante. bom!