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março 13, 2006

Mistério da Escuridão

É negra esta pele
Que cheira a mistério
Mistério
Que remete ao império
Depois de curvas ancadas
Sobr´elevados dispersos do poderio
Estabelecido
Pelo o reinado do sangue
Furtado
D´outras plagas
Que, se sabe, relegadas
Ao acaso do descaso com o caso
Infortúnio voluntário
Do orvalho ressecado
De gosto, na boca, do fel
Como pipas, soltas ao léu
Com tudo, mas sem nada
Porque eles queimaram aquele céu
O sofrer do povo da mordaça
Derruba o sufoco do mordaz
Que nada, quer nadar
Ou só correr, no retorno à liberdade
Da terra dizimada
É negra esta pele
E ser feliz, compele
Já que, no fundo, o balouçar da embarcação
Não o fez, nem de susto nem de surto
Padecer do coração

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